From deep inside...

7.10.09

Não me posso esquecer.

Porque somos tão frágeis ao vento...
Ao sabor da intempérie nos curvamos para não partir. Porque nos rendemos à falta de tempo que nos consome e nos deixa ainda mais frágeis.
Somos ausentes de nós mesmos quando deixamos que a vida nos passe. Quando não a fazemos parar nem que seja para falar com ela um pouco, para a escutar, e acarinha la cá dentro antes de a deixar prosseguir.

Ás vezes sinto que não chego para tudo. Que não me consigo desdobrar para todas as pessoas que amo na vida. E o tempo é tão pouco ... é sempre tão pouco para quem gostamos. Pessoas que não vejo há tanto tempo, amigos com quem não partilho tantas coisas mas que continuam tão presentes no meu coração... será que eles sabem? Colegas de trabalho que deixei mas que se transformaram em amigos que muito admiro mas que a vida faz com que não tenhamos tempo para os rever... para não falar da familia... aquela que nos criou, com quem crescemos e á qual ás vezes menos damos porque sabemos que está sempre lá.

É tão facil dar as coisas como garantidas.... é tão mais cómodo que além de todas essas pessoas até nós mesmos nos damos como garantidos e nos esquecemos de ser quem somos...

Tenho de ter tempo para não me esquecer.