From deep inside...

11.1.07

Brasil (o que ficou por escrever)

(cont. do post 30.11.06)


Há coisas que não são verbalizáveis. Momentos que não conseguem ser descritos na sua plenitude, sorrisos, rostos simples de quem sabe viver a verdade da simplicidade... como descrever? Quem consegue descrever a sensação, a brisa forte e quente que nos bate na cara com uma suavidade contrastante, as ondas macias que nos acolhem no calor daquele mar verde azulado... imeeeenso não só pelo horizonte infindável mas também pela sua beleza?
Como descrever se qualquer esforço ficará sempre aquém da realidade? ( ... talvez realidade não seja a palavra certa para me referir a paraíso, sonho, paz e tranquilidade plena e absoluta.) Quem pensa em realidade em tão sagrado solo, abençoado por mar e sol em abundância?

Detive-me com a humildade e grandiosidade de pessoas que ganham a sua vida de forma honesta e que apenas almejam ganhar o sustento de cada dia e agradecem a Deus pelo sustento ganho, confiando de que o sustento do dia seguinte também Deus cuidará.

A forma como se entregam em simpatia e a simplicidade com que o fazem no meio de tanta pobreza é estonteante. No momento não se percebe nem se analisa... vive-se apenas e entranha-se cada lição sem te aperceberes de quão intensa é a sua assimilação. Cada gesto, cada palavra, cada raio de sol e o ar que se respira fica em ti de forma inexplicável.
Também existem coisas menos boas ... meninos na estrada a brincar ao lado de pais despreocupados enquanto os carros passam velozes á distância de centímetros sem abrandar, casas... barracas sem janelas . Existe noite no meio deste pais cheio de sol sem duvida mas a Luz é maior, o mar é maior, o céu é maior e o que fica é isso, esse sentimento que trazemos no peito que nos engrandece e ao mesmo tempo nos mostra como somos pequenos.

(at http://osfilhosdovento.blogspot.com)

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