Sou gota de chuva;
um pingo de mel.
Sou cor clara e turva
no pincel de uma tela.
Sou o ar que respiro
mas também o vazio
do ar a faltar.
Sou nuvem de poema
que não aceita o esquema
de estar sempre a rimar.
Sou a chuva que molha
e sou o sol que seca
mas para quem olha
sou o que lhes apeteça
Sou o que sempre fui
e voltarei a ser.
Poema que não rima
até se deixar de ler!
19.4.2000